VOCÊ SE FOI...

E da forma mais covarde de todas que possam existir, eu recebi indiretamente a noTiciano de que você se foi e dessa vez, para sempre.

Meus ombros pesam e a cabeça um moinho, tentando digerir a notícia nada esperada e antes totalmente aniquilada de minhas convicções.

Eu não imaginava que isso acontecé ria,  tão pouco que eu estaria aqui, escrevendo sobre isso e buscando foruas de onde eu não tenho pra me conformar.

Pode parecer egoísmo,  mas eu esperava você aqui, de novo,  mesmo eu tendo rindo outras experiências falidas tentando esquecer você.

Se eu amo você? Não tenha dúvidas, acho que o que eu precisava era um choque seu... E  você deu,  eletrizante, fatal!

E agora? Nem eu sei, o que eu sei, é que parte de mim deixou de existir e se foi com você.

                 Se tudo passa, então você também vai passar!

             Realmente, ontem não foi um dos melhores dias, a propósito,os últimos dias tinham sido bem confusos, dúvidas, palavras jogadas ao vento, em fim, mas aquele domingo, ah... aquele domingo foi sensacional, isso eu não posso negar, mas eu já estava prevendo que algo não tava certo, que algo não tava como deveria estar. Você de fato comprovou isso! Pois bem, ontem eu estava mal, assumo mesmo, a pancada foi grande, mas tudo passa e você também vai passar, como vai.

                   

                  Eu sou forte de mais pra deixar você você me abalar, logo você que se mostrou tanto e no final, foi mais fraco que eu, as vezes me pego rindo sabe, mas rindo de mim, a fase hoje é outra, outras coisas ocupam minha mente, dentre elas, o desejo de amar novamente, mas amar intensamente, com correspondência.

                  Á você eu desejo apenas que consiga suportar a ausência da minha presença, da mesma forma que suportei a presença da sua ausência esse tempo todo, desejo que a saudade não sufoque seus pensamentos, como fez comigo, que você saiba conviver com as lembranças e com a falta que eu farei, isso é inegável.

             

Ela não era mais a mesma!

Algo mudava nela, ano após ano, ela ficava cada vez mais fria e menos sentimental, alguns diziam que isso era ruim, mas ela não se importava nem um pouco com o que os outros diziam, vivia sua vida e fazia seus planos, sem contar a ninguém, na realidade, ninguém se importava, ninguém acreditava naquelas ideias sórdidas sem fundamento algum, mas para ela fazia todo sentido. Pela primeira vez dentre anos, o seu mundo interior estava equilibrado, cheirando a vida.

Ela definitivamente tinha mudado, já não implorava a permanência de ninguém na sua vida, amizade e amor, para ela, eram coisas muito valiosas e que deveriam ser dadas e construídas naturalmente, como a flor que desabrocha, ainda tinha seu lado menina, mas eram poucos os que conseguiam aflorá-lo, pouquíssimos, arrancar-lhe um sorriso era a coisa mais fácil, hoje, ela só sorrir quando quer, chorar? Só por quem ou pelo que merecesse. Na verdade, ela tinha uma coisa que quase ninguém mais tinha: essência. Adorava seu mundo interior e era nele que vivia.

Por isso tão fechada e as vezes complicada e difícil, por que não era de sue feitio ferir ninguém e nem deixar que fosse feito com ela, não tinha muitos amigos, o mais fiel era ele, sempre ele, a aconselhar, orientar e arrancar-lhe os mais belos sorrisos e a fazia sentir-se um verdadeiro ser humano. Ela aprendeu a duras penas que ninguém, absolutamente ninguém merecia qualquer sacrifício que ela pudesse fazer.

E sabe do que mais, mesmo não sendo um ser emotivo e sentimental, pelo menos hoje não mais, ninguém amava, tanto quanto ela quando ela se dispunha a amar.

Agora ela muda!

Ela havia passado o dia todo pensando e pensando, nada mais vinha a sua mente se não o triste episódio que ocorrera naquele sábado, ela juntou todas as esperanças e esperou ... em vão ... destruíram todas elas com uma só palavra quando ela perguntou "e aí, o que te falei ontem?" e ouviu a pior de todas as respostas, "o que?", aquilo soou como um som de uma bala atingindo seu coração, naquele exato momento ela viu que não valia a pena fazer mais nada, havia ficado claro que não era amizade coisa nem uma, era só interesse.

O que ela faria agora? Bom, não mais tentaria, faria a mudança que estava precisando, como todo começo, seria difícil, mas se acostumaria, com certeza, cansou de ser pisada, maltratada, decepcionada, faria igual fizeram com ela, estaria ela, tornando-se uma pessoa fria? Vai saber, talvez fosse até melhor.

Era apenas mais um dia!

Era manhã, depois de uma noite mal dormida ou melhor, não dormida, levantou-se, tomou seu banho, seu café e saiu. O telefone toca, mensagem da operadora, afinal, nos últimos dias, era só a importância que recebia, olhou com um certo ar de satisfação, pois ao menos a operadora se lembrava dela. 

Mais tarde, ela, sem nada pra fazer, se perde em seus pensamentos, o dia anterior não tinha sido lá essas coisas, pensou o quanto tinha sido relapsa consigo, a mesma história estava se passando de ante de seus olhos, só que dessa vez, ela quem deu o veredicto. 

Ninguém imaginava o que se passava em sua mente, só ela, reavaliou a situação na esperança que algo a fizesse mudar de ideia, mas nada, absolutamente nada, veio em mente. Lembrou-se daquela conversa difícil, não com tristeza, mas com uma certa frieza, coisa não muito comum nela, teria ela tornado-se realmente mais forte? Era o que parecia.

A noite se fez, pediu a Deus que lhe mandasse um sinal, um único sinal, se havia feito a coisa certa, como saber? O tempo dirá, talvez, 24 horas apenas tinham se passado, não era tempo suficiente para qualquer diagnóstico, deixaria o tempo passar, com ele as coisas se firmariam, bem, não estava muito ligada nisso, mas, poderia ser que de repente, numa hora de desespero, viesse culpar-se, mas não era o caso, foi dormir, com aquela faísca de certeza em seu coração de que teria feito o melhor, não sabia para quem, mas era o melhor.

Era só o que ela precisava saber!        

        Nunca mais ela havia tido recaídas, mas ela precisava fazer o que fez, até parece que era sua missão em quanto habitante no globo terrestre, mas porque sempre se decepcionava, por que? O tamanho das expectativas que colocava nas coisas, era maior do que as expectativas que ela tinha de ser mais forte do que qualquer decepção que pudesse vir, mas o que ela precisava saber, era só isso, a sua missão era fazer o bem, não importava a quem fosse, mas ela precisava saber também, que nem sempre, não era uma lei, nem um castigo, decepcionar-se, no fundo a culpa era dela, só dela.

       Ela precisava deixar-se fluir, pois se começasse a se apegar de mais, ela veria que sofreria muito com isso, pois a carência faz as pessoas terem até um estranho como um grande amigo, que diria ela, que já era veterana no assunto, sentia-se acabada por dentro, o dia parecia sombrio, como nunca mais havia sido, aquela vontade de chorar, chorar com gosto, como se fosse a última vez, mas se conteve, viu que não valia a pena, viu que sua missão desta vez, havia terminado mais cedo do que esperava.

      Ficou se perguntando o que faria dali em de ante para não mais passar pelo que passou hoje, a resposta veio, sem precisar de Psicólogos ou de quem a dissesse, ela olhou para ela, viu que seu semblante repentinamente se alegrou, porque sabia que igual a ela, pela vida dos que ela já passou, não teria igual, essa era a recompensa, isso, era só o que ela precisava saber para nunca mais se decepcionar com nada nem com ninguém.

Já deu o que tinha que dar!

ELA, ANTES DE DORMIR, PEDIU  À DEUS QUE NÃO ACONTECESSE DE NOVO, MAS FOI EM VÃO, ESTAVA TUDO MUITO BOM PARA SER VERDADE, QUEM DISSE A ELA QUE SERIA DIFERENTE, QUEM? A MESMA PESSOA QUE LHE DISSE QUE NÃO IRIA FAZER COMO OS OUTROS, QUE NÃO IRIA DECEPCIONÁ-LA.

ELA TINHA PARADO COM ISSO, ELA ESTAVA BEM SOZINHA, ELA JUROU À SI MESMA, PROMETEU, MAS NÃO CUMPRIU, OS MESMOS ELEMENTOS, QUE A FIZERAM ERRAR OUTRAS VEZES, FIZERAM DE NOVO.

ELA, AGORA DISSE CHEGA! SERÁ? ELA NÃO AGUENTA MAIS TANTA DECEPÇÃO, NÃO AGUENTA, ELA AVISA, QUEM A DECEPCIONA SABE COMO DÓI, POR QUE PASSOU PELA MESMA COISA, MAS PARECE QUE O PRAZER DE PISAR, DE VER ALGUÉM SOFRER. VAI ALÉM.

ELA, COMO UM ADEUS, DISSE: POR FAVOR NÃO ME PROCURE MAIS, VOCÊ JÁ ME COUSOU, POR POUCO TEMPO, MUITA DOR.